Como o Doutrinador, na Reunião Mediúnica Espírita, deve dizer ao Espírito que ele já morreu?
Nessa excelente obra, Diretrizes de Segurança, Raul Teixeira e Divaldo Franco respondem importantes questões sobre Reuniões Mediúnicas e Mediunidade: |
86. No atendimento a Espíritos sofredores, o doutrinador deve primeiramente fazer o comunicante conhecer a sua condição espiritual?
DIVALDO: Há que se perguntar quem de nós está em condições de receber uma notícia, a mais importante da vida, como é a morte, com a serenidade que seria de esperar?
Não podemos ter a presunção de fazer o que a divindade tem paciência em realizar. Essa questão de esclarecer o Espírito no primeiro encontro é um ato de invigilância e, às vezes, de leviandade, porque é muito fácil dizer a alguém que está em perturbação: "Você já morreu!" É muito difícil escutar-se essa frase e recebê-la serenamente.
Dizer a alguém que deixou a família na Terra e foi colhido numa circunstância trágica, que aquilo é a morte, necessita de habilidade e carinho, preparando primeiro o ouvinte, a fim de lhe evitar choques, ulcerações da alma.
Considerando-se que a terapêutica moderna, principalmente no capítulo das psicoterapias, objetiva sempre libertar o homem de quaisquer traumas e não lhe criar novos, por que, na vida espiritual, deveremos usar metodologia diferente?
A nossa tarefa não é dizer verdades, mas consolar, porque dizer simplesmente que o comunicante já desencarnou, os guias também poderiam fazê-lo. Deve-se entrar em contato com a entidade, participar de sua dor, consolá-la e, na oportunidade que se faça lógica e própria, esclarecer-lhe que já ocorreu o fenômeno da morte, mas somente quando o Espírito puder receber a notícia com a necessária serenidade, a fim de que disso retire o proveito indispensável a sua paz. Do contrário, será perturbá-lo, prejudicá-lo gravemente, criando embaraços para os mentores espirituais.
Livro: Diretrizes de Segurança Divaldo Franco / Raul Teixeira |
.png)
Comentários
Postar um comentário